domingo, 18 de abril de 2010

Pequenos Episódios Que Me Vão Acontecendo Nesta Pacata Vida Que Levo Aqui Em Lufbra I

Abrimos hoje uma nova rubrica, para contar pequenos episódios que me vão acontecendo nesta pacata vida que levo aqui em Loughborough.

Daremos-lhe o nome de Pequenos Episódios Que Me Vão Acontecendo Nesta Pacata Vida Que Levo Aqui Em Lufbra


Nesta nova fase da minha vida, comecei a fazer uma coisa que gosto bastante. Lavar a roupa. Não no verdadeiro sentido da palavra, obviamente, pois há uma máquina que o faz por mim.

É óptimo porque não temos que ficar à espera que as coisas sejam lavadas, porque somos nós que temos o poder para pôr as coisas a lavar. Não é preciso que o tempo fique melhor ou que haja roupa de determinada cor. Não! Lavar roupa é quando uma mulher quiser!!

Pois é, mas a minha máquina é brincalhona. Gosta de jogar às escondidas. Passo a explicar.
Eu, apesar de poder lavar a roupa quando quiser e bem me apetecer, costumo lavar a roupa ao fim de semana. Dividindo em clara e escura.

No passado fim-de-semana, comecei por lavar primeiro a roupa clara. Finalmente, depois de horas à espera que a máquina acabasse o programa, troquei de imediato a roupa clara pela roupa escura. Tirei toda a roupa clara, e coloquei toda a roupa escura.

Passado outras horas, fui tirar a roupa escura e...voilá, tinha ganho uma nova t-shirt da Caixa Fã, azul marinho. A boa notícia é que, no meio de tantas t-shirts brancas da Caixa Fã, tenho agora uma azul marinho!

Mas a máquina de lavar não ficou por aqui. Ontem enquanto via mais uma série do Vampire Diaries, o bandido do lituano entra no meu quarto com umas cuecas minhas. Ao que parece tinham mais uma vez ficado na máquina de lavar. E acabado por se misturar com a roupa dele (mas, pelo sim pelo não, foram directas para o cesto da roupa suja).



Ontem para o jantar - e espero que para mais umas três ou quatro refeições - resolvi fazer um prato que se costuma fazer lá em casa, para despachar o Bernardo ao almoço. Arroz com atum!

Mas enganem-se aqueles que pensam que é um prato seco, e sem saborão!! Não, este arroz com atum tem o seu segredo.

Primeiro de tudo, coze-se o arroz. Com a mania das poupanças, resolvi só meter metade do pacote de 500 gr. de arroz. Primeiro erro. Resultado, o dobro do tempo a cozer o resto do arroz.
Ao contrário da massa, aqui é impossível não usar o passador, correndo-se o risco de comer papa de arroz com atum.

Cozi o arroz, espalhei-o na travessa, cozi o resto do arroz, esperei mais um bocadinho. Entretanto, fui abrir a lata de atum. Pânico!! Não tem abertura fácil. Não faz mal, há um abre latas na gaveta...

Depois de 10 minutos, desisti. Não arranjei forma, maneira, sentido, de usar aquela ferramenta estranha. Eu sinceramente não percebo a utilidade destes novos aparelhómetros para abrir as latas de conserva. Têm o dobro do peso, são muito maiores, e definitivamente não têm utilidade.

Mas o arroz com atum tinha de ser feito. O que é que eu pensei, na minha maior inocência...vou pedir ao fora da lei do Lituano, ele certamente saberá ajudar. Todo convencido, pegou no tal instrumento...e nada. Então, abriu a gaveta, e sacou de uma faca...(suspense)


...para abrir a lata. E depois de muito custo, lá conseguiu.

Continuei a minha tarefa. Espalhei o atum, por cima do arroz. Uma lata de 500 gr, deu na perfeição para fazer um novo andar na travessa. Escorri o resto do arroz, e espalhei novamente na travessa, fazendo um terceiro piso.

E agora sim, o ingrediente surpresa. Maionese. O que eu não sabia, é que ao espalhar a maionese, o arroz vinha todo atrás...portanto, confesso que tive alguma dificuldade em conseguir cobrir o arroz com a dita maionese.

Finalmente o forno. Para o toque final.

30 min depois, e tinha mais 6 refeições preparadas. Espero eu.

Um comentário:

Sofia K. disse...

boa ideia, tenho de experimentar!